Cotidiano

Vento Norte causa recuo nas águas do Guaíba em Porto Alegre

Guaíba registrou 0,23m, semelhante ao observado na seca do verão de 2005, ocorreu devido à atuação do forte vento do quadrante Norte e ao período de pouca chuva.

Porto Alegre teve o registro de um fenômeno meteorológico chamado empilhamento de água neste sábado (12), que alarmou muitos porto-alegrenses. O nível do Guaíba recuou ao menor nível registrado nos últimos 12 anos por causa do vento de quadrante Norte.

O nível do Guaíba registrou 0,23m, semelhante ao observado na seca do verão de 2005, ocorreu devido à atuação do forte vento do quadrante Norte e ao período de pouca chuva nos últimos 60 dias. O volume histórico no mês de agosto é de 0,97m.

O recuo do Guaíba pode ser verificado em toda a orla do Centro Histórico à zona Sul. Próximo ao arroio Dilúvio, a água recuou tanto que se formou um banco de areia de cerca de 100 metros de comprimento a contar da margem.

De acordo com o Sistema Ceic Metroclima, haverá uma virada do vento para Oeste e Sul. O nível tende a voltar a subir e muitas das áreas da margem com areia nesta manhã voltarão a ter as águas do lago, conforme o órgão.

Fenômeno semelhante na Lagoa dos Patos e na costa marítima

Exatamente como ocorreu no Guaíba, fenômeno semelhante tem ocorrido na Lagoa dos Patos, Litoral Norte gaúcho e no Uruguai. O empilhamento de água acontece, neste caso, por causa da atuação de um sistema de alta pressão em alto mar que causa ventos que empurram a água para longe da costa.

Com isso, a altura das ondas no oceano está maior que o habitual, já que elas não atuam diretamente sobre a praia. Em Tramandaí, o 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar constatou ondas entre cinco a seis metros de altura.

E, ao contrário que vem sem propagado nas redes sociais, não há risco de tsunami por causa do recuo do mar na costa. Também não foi divulgado alerta para vagalhões ou maremotos no Uruguai.