Cotidiano

Varejo e serviços de SP registram queda no faturamento em abril

Os setores do comércio varejista e serviços do estado de São Paulo registraram os piores resultados no faturamento para um mês de abril da série histórica, iniciada, respectivamente, em 2008 e 2010. Os dados, divulgados hoje (3), são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

Com a maior parte dos estabelecimentos de portas fechadas e impedida de fazer atendimentos presenciais em razão da quarentena, realizada contra a disseminação do novo coronavírus (covid-19), os dois setores tiveram quedas substanciais no faturamento no quarto mês do ano.

O faturamento do comércio varejista no estado de São Paulo foi de R$ 46,7 bilhões no mês de abril, 22,8% a menos do que registrado no mesmo mês de 2019, de R$ 60,5 bilhões. Das nove atividades pesquisadas do varejo, sete sofreram queda em seu faturamento real no comparativo anual.

Destaques

Os destaques negativos foram as lojas de vestuário, tecidos e calçados, com queda de 77,8% no faturamento, concessionárias de veículos 70,8%, outras atividades, 32,4%, e lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, 43,9%. 

Em contrapartida, as atividades de supermercados tiveram elevação de 9% e farmácias e perfumarias, 3%, no seu faturamento de abril.

O setor de serviços fechou o mês de abril no estado com faturamento de R$ 29 bilhões, 33,4% a menos na comparação com o mesmo mês do ano passado, de  R$ 43,6 bilhões. 

Das 13 atividades pesquisadas, dez registraram retração em relação ao mesmo mês de 2019. A principal queda ocorreu em turismo, hospedagem e eventos de 82,9%. Por outro lado, agenciamento teve alta de 28,5% e representação, 6,7%, apresentaram elevação no faturamento.

Estimativas

Em 100 dias de quarentena no estado de São Paulo, contados de 24 de março a 30 de junho, a FecomercioSP estima que houve queda de 21,9% no faturamento do comércio varejista, ou seja, uma retração de R$ 43,7 bilhões. A previsão da entidade, para o setor varejista, é de queda de 10% no primeiro semestre do ano, com retração de R$ 35,8 bilhões, e baixa de 7,1% no fechamento do ano, com diminuição de R$ 53,7 bilhões.