Cotidiano

Universidades e escolas paralisam em dia de protesto contra cortes na Educação

Na Capital, um dos atos foi no Instituto de Educação, na avenida Osvaldo Aranha. O prédio, um ícone da arquitetura do século XX de Porto Alegre, está fechado há anos para reformas.  

Universidades e escolas públicas de Porto Alegre aderiram ao dia de protesto contra os cortes na área da Educação. Aulas foram suspensas e os estudantes foram para a rua protestar, de maneira pacífica. No final da manhã, a Brigada Militar usou bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes que estavam em frente à UFRGS.

No mais conhecido Colégio de Porto Alegre, o Júlio de Castilhos, não houve aula pela manhã e nem no período da tarde. Outras escolas da rede pública da Capital e do Interior gaúcho também aderiram à manifestação. No entanto, não há números contabilizados nem por governo e nem por manifestantes.

Conforme o CPERS (Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul), há manifestações a favor da educação e contra os cortes na área em ao menos 42 cidades do Estado. O sindicato abrange apenas os professores da área pública estadual.

Na Capital, um dos atos foi no Instituto de Educação, na avenida Osvaldo Aranha. O prédio, um ícone da arquitetura do século XX de Porto Alegre, está fechado há anos para reformas.

Já o SINPRO (Sindicato dos Professores do Ensino Privado) contabiliza manifestações em ao menos 20 cidades do Estado. Escolas e universidades privadas, principalmente no Interior do Estado, também suspenderam a realização de aulas nesta quarta-feira. É o caso da UCPEL (Universidade Católica de Pelotas).

Ação do MPF

O Ministério Público Federal também se mobilizou neste 15 de maio. O órgão criou uma ação que inclui envio de ofícios a reitores de universidades e de institutos federais de ensino. O objetivo é coletar informações e apurar os impactos dos decretos nº 9.725 e nº 9.741, de corte de recursos e da extinção de cargos e funções.

A ação ocorre em ao menos 20 Estados do País, inclusive no Rio Grande do Sul. Além do pedido de informações a universidades, institutos federais e unidades de educação básica, as Procuradorias da República também encaminharam ofícios ao Ministério da Educação e da Economia.