Universidades, professores e pesquisadores de todo o país se unem em protesto contra o incêndio que atingiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruindo a maior parte do acervo, que reunia 20 milhões de itens. Para todos, o dano é irreparável.
Em nota, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e universidades lamentaram o episódio. “O Andes vem a público denunciar o descaso para com as diversas manifestações dos curadore(a)s, pesquisadore(a)s e demais interessado(a)s sobre a manutenção e conservação do Museu Nacional.”
O Museu Nacional é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável por cursos livres e pós-graduação em distintas áreas.
“Somos solidário(a)s e estaremos ombro a ombro na luta pela defesa deste espaço, acreditando que a restauração de sua estrutura celebre a repactuação da ciência, da tecnologia, da educação e das artes como vetores de combate à dependência tecnológica, bem como ao combate à pobreza e à miséria que assolam nossa nação”, diz a nota.
Para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), há uma “perda irreparável” do patrimônio histórico, antropológico, artístico e cultural decorrente do incêndio.
“O triste fim das coleções, das obras de arte, dos achados arqueológicos e paleontológicos e dos documentos que ali estavam salvaguardados representa um duro golpe para a memória de nosso país”, diz a nota da UFRS.
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) usou as redes sociais para lamentar o que chamou de “tragédia”. Para a Universidade Federal Fluminense (UFF), a perda é incalculável.
“Obras, documentos e incontáveis peças de valor arqueológico, antropológico, botânico, zoológico e cultural foram consumidas pelas chamas. Uma calamidade para a ciência brasileira e uma perda irreparável para a memória nacional”, diz a nota da UFF.