Uma pessoa morreu no temporal que atinge o Rio há mais de seis horas. Um motoqueiro, ainda não identificado, tentou passar pelo aguaceiro que atingiu a Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, caiu da moto e foi arrastado pela correnteza. A informação foi confirmada pela Polícia Militar.
O município do Rio está com vários bairros completamente alagados, sem condições de tráfego. Milhares de pessoas estão ilhadas nos terminais rodoviários da cidade, como o Américo Fontenelle, atrás da Central do Brasil, que atende aos moradores que moram na Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio.
Na comunidade Rio das Pedras, em Jacarepaguá a força da correnteza arrastou carros e muito lixo. A chuva forte também atingiu a enfermaria do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, alagando totalmente o andar térreo.
Resgate a barco
O Corpo de Bombeiros trabalha com barcos resgatando pessoas ilhadas em carros, ônibus e estabelecimentos comerciais, principalmente no Jardim Botânico, uma das áreas mais atingidos da zona sul.
A concessionária Metrô Rio informou que devido ao temporal os três das linhas 1, 2 e 4 da companhia vão estender o horário de funcionamento até 1 h para atender os usuários. Normalmente, o metrô funciona até meia-noite.
Vários bairros da cidade estão com falta de energia, principalmente na Barra da Tijuca, Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá, Rio das Pedras, Recreio dos Bandeirantes e Muzema e Itanhangá.
Devido ao temporal, um novo trecho da Ciclovia Tim Maia desabou na Avenida Niemeyer, em São Conrado. Recentemente, no temporal do início de fevereiro um outro trecho da ciclovia desabou.
O prefeito Marcelo Crivella disse que a Avenida Niemeyer, que está fechada ao tráfego de veículos por medida de segurança, está com várias equipes de limpeza e defesa civil concentrados. Crivella disse que a avenida não será aberta ao tráfego de veículos na parte da manhã. Possivelmente o trânsito só será liberado na parte da tarde, informou o prefeito.
Sirenes acionadas
A Defesa Civil municipal acionou 39 sirenes em 20 comunidades, onde existem riscos de deslizamento, devido ao temporal. As pessoas devem deixar suas casas e procurar os pontos de apoio previamente designados pela prefeitura, como escolas, creches e igrejas.
A Igreja de São José, na Lagoa, está aberta e serve como ponto de apoio para as pessoas que não conseguem se deslocar para casa. A igreja é um local seguro no bairro da Lagoa e tem um estacionamento que pode ser usado pelos motoristas com dificuldade de deslocamento.