Trio suspeito de matar representante comercial é indiciado

O trio suspeito de matar a representante comercial Cristine Fonseca Fagundes, 44 anos, no último dia 25, foi indiciado pela Polícia Civil por latrocínio e associação criminosa. Os inquéritos que investigam a participação dos criminosos em outros sete assaltos cometidos antes da morte de Cristine devem ser entregues à Justiça nos próximos dias, junto com novos pedidos de prisão referentes a esses casos.

Na última segunda-feira (29), Tiago Oliveira da Silva, de 30 anos, apontado como o homem que disparou o tiro que matou Cristine, confessou o crime. Em depoimento, o criminoso disse que o disparo foi um acidente: “Quando ela pegou e fez um gesto que ia me alcançar um negócio ela arrancou. E no susto ali eu… A arma tava engatilhada”.

De acordo com a Polícia Civil, Tiago e os outros suspeitos do crime cometeram cerca de sete assaltos em sequência, todos com violência, com “arma na cabeça.” O delegado Alexandre Vieira, responsável pela investigação, disse: “Acho que não foi um tiro acidental”.

Para o delegado, o bandido disse não tinha o objetivo de matar Cristine: “Ele disse que colocou a arma engatilhada na janela do carro para anunciar o assalto e que disparou sem querer, porque o veículo foi para frente e bateu na mão dele”. A filha de Cristine, de 17 anos, também reconheceu o homem como o homem responsável pelo tiro na cabeça da mãe.

O primeiro suspeito preso foi Fabrício Farias, encontrado poucas horas depois do crime. Na terça-feira (30), o segundo suspeito, Rafael Silveira Santa Helena, se entregou na 9ª Delegacia de Polícia, onde o caso é investigado, e confessou o crime. Ele já tinha a prisão preventiva decretada pela Justiça. Com a terceira prisão, todos os envolvidos no caso estão presos. Eles admitiram participação na execução.

O crime de latrocínio tem pena de 20 a 30 anos de reclusão e, pelo crime de associação criminosa, soma-se de 2 a 3 anos de reclusão.

O caso

Cristine Fonseca Fagundes, 44 anos, buscava sua filho no Colégio Dom Bosco, no bairro Higienópolis, na tarde do dia 25 de agosto, quando não entregou o celular para criminosos e foi morta. A filha de 17 anos, que estava com a mãe, correu até a escola para pedir ajuda. Dois suspeitos estão presos. Nos primeiros seis meses de 2016, o Rio Grande do Sul teve 89 latrocínios (roubo seguido de morte).