Três morrem após tiroteios em Copenhague, capital da Dinamarca

Da redação, com agências


O cineasta dinamarquês Finn Nørgaard, 55 anos, foi morto durante um evento que celebrava a liberdade de expressão e o cartunista Lars Vilks, autor de numerosas caricaturas de Maomé, estava presente.
Três policiais foram feridos quando tentavam proteger o local da reunião, da qual participavam o autor das caricaturas de Maomé e o embaixador francês na Dinamarca, François Zimeray. Ele informou, no Twitter, que saiu ileso.
Paris já classificou o atentado como “ataque terrorista”. Em comunicado, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, condenou “com a maior firmeza” o “ataque terrorista” que visou a uma reunião pública em Copenhague, da qual participava o embaixador da França na Dinamarca. “A França está ao lado das autoridades e do povo dinamarquês na luta contra o terrorismo”, acrescentou o ministro.
Segundo ataque
Mais tarde, um homem atirou em uma sinagoga no centro de Copenhague. Uma pessoa foi atingida na cabeça e morreu. Outros dois policiais ficaram feridos. O suspeito fugiu do local à pé, de acordo com a polícia.
Suspeito morto
Pouco tempo depois do segundo crime, a polícia dinamarquesa matou a tiros um homem suspeito de ser o autor dos dois ataques. Ele foi morto na estação de Norrebro, em Copenhague, perto dos locais onde foram registrados horas antes os tiroteios que deixaram dois mortos e cinco feridos. Segundo a polícia, o homem atirou contra os policiais.
A polícia acredita que o homem morto foi o único autor dos ataques, pois ele aparece em imagens de câmeras de segurança. Segundo as autoridades, ele pode ter sido inspirado pelo ataque contra o jornal Charlie Hebdo na França, em janeiro.
Não há sinais indicações de que o suspeito, que já era conhecido dos serviços de inteligência, estava agindo em conjunto com outras pessoas. Apesar disso, durante a tarde deste domingo (15), a polícia realizava uma vasta operação nos arredores do café onde o suspeito foi morto, e ao menos duas pessoas foram presas.
Ataque na França
Em 7 de janeiro, um ataque feito por militantes islâmicos à sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, deixou 12 mortos. O jornal vinha sendo ameaçado desde que publicou charges do profeta Maomé em 2006. Uma série de ações relacionadas ao ataque levou, ao todo, a 20 mortes: além dos mortos na redação da Charlie Hebdo, um policial, quatro reféns em um mercado judaico de Paris e três terroristas também morreram.