O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e o vice-governador eleito, Cláudio Castro, foram diplomados na manhã de hoje (18) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. A cerimônia ocorreu no auditório da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro e diplomou também os senadores eleitos, Flávio Bolsonaro (PSL) e Arolde de Oliveira, além de seus suplentes e dos deputados federais e estaduais eleitos no Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro tem 46 deputados federais e 70 deputados estaduais. Entre os federais diplomados estava o deputado Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara dos Deputados.
Em seu discurso, o governador eleito reconheceu que ele e os deputados estaduais têm pela frente “uma dificílima missão de colocar a casa em ordem”.
“Não vamos decepcionar aqueles que depositaram não apenas o voto na urna, mas a esperança em um estado melhor e em um Brasil melhor”, disse Witzel.
Ele prometeu tomar medidas administrativas para o corte de despesas e disse que os secretários estão orientados a reduzir os gastos em 30%. Ele afirmou que pretende atrair investimentos públicos e privados no primeiro ano de governo, para melhorar a situação orçamentária, e disse que também fará ações contra a sonegação fiscal.
O governador eleito voltou a dizer que criará um Conselho de Segurança que reunirá órgãos do Executivo e do Judiciário. Esse conselho terá uma Secretaria Executiva que será responsável por dar efetividade a ações acertadas. A secretaria também atuará na transição para que possa ser extinta a Secretaria de Estado de Segurança, proposta defendida por Witzel.
“O modelo de segurança pública não está funcionando. Essa estrutura é esquizofrênica ao processo penal. As polícias têm que trabalhar integradas sem a necessidade de uma outra estrutura, o que torna o processo penal mais lento e por isso a dificuldade que se tem hoje de fazer uma série de ações de políticas públicas para obter a redução dos índices de criminalidade”.
Dos 70 deputados estaduais que deveriam ser diplomados hoje, seis não compareceram à cerimônia porque estão presos. André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PT) poderão obter o diploma a partir de amanhã (19), por procuração. Eles foram presos em novembro na Operação Furna da Onça, acusados de integrarem esquema de corrupção. O sexto deputado estadual eleito que não pôde tomar posse foi Wanderson Gimenes Alexandre, que é acusado de integrar esquema de arrecadação de vantagens ilícitas na prefeitura de Silva Jardim, na região serrana do Rio.
*A matéria foi ampliada às 15h36 para inclusão do último parágrafo