Tiro que matou procurador argentino foi dado a menos de 1 cm, diz autópsia

Viviana Fein, que investiga a morte de Alberto Nisman, disse neste sábado que conforme os dados da autópsia o disparo que matou o promotor foi feito a uma distância inferior a 1 centímetro a partir da arma encontrada junto ao corpo e que “não se infere a participação de terceiras pessoas” em sua morte.
“A arma foi apoiada sobre a têmpora. A autópsia é a única medida de prova. O disparo foi a uma distância de não mais de um centímetro”, disse Viviana, em entrevista por telefone ao canal Todo Noticias. Ela detalhou que a bala atravessou a massa encefálica sem orifício de saída e causou a morte instantânea, conforme a autópsia.
“O projétil retirado da massa encefálica corresponde de maneira categórica à arma calibre 22 achada no lugar do fato”, disse a fiscal, detalhando que a hora aproximada da morte foi meio-dia de domingo.
“No expediente anterior à autópsia, me informaram que não se infere a participação de terceiras pessoas por duas razões: em primeiro lugar, pelo espasmo cadavérico que apresentava a mão, e em segundo, a falta de lesões traumáticas no corpo de Nisman”, explicou a fiscal.
Contradições
Mais cedo neste sábado, o jornal argentino Clarín tinha publicado que a perícia balística da polícia federal feita no corpo do promotor Alberto Nisman determinou que o disparo que o matou foi realizado de 15 a 20 cm de distância da vítima. O jornal citou “fontes judiciais”.
Nisman morreu no último domingo, cinco dias depois de denunciar a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e vários dirigentes do governo por supostamente ter orquestrado um plano para encobrir os possíveis responsáveis iranianos pelo atentado contra a mutual judia Amia em 1994, em troca de intensificar as relações comerciais com o Irã.