Terremoto no Nepal tem mais de 5 mil mortes confirmadas

O primeiro-ministro do Nepal, Sushil Koirala, decretou nesta terça-feira (28) três dias de luto nacional em memória das vítimas do terremoto que atingiu o país no sábado (25) e provocou pelo menos 5 mil mortes.
“Em memória dos nepaleses, dos irmãos e das irmãs estrangeiras, dos idosos e das crianças que perderam a vida no sismo, decidimos observar três dias de luto nacional a partir de hoje”, disse Sushil Koirala, durante pronunciamento transmitido pela televisão, no qual agradeceu aos doadores internacionais que prestaram ajuda ao povo nepalês.
Segundo o mais recente balanço do Ministério do Interior nepalês, o número oficial de mortes confirmadas é 5.057, mas o número pode dobrar. Existem, até o momento, mais de 450 mil desalojados. O tremor, de magnitude 7,8 na escala de Richter, deixou 10.915 mil feridos, disse o responsável pelo departamento de gestão de catástrofes do governo nepalês, Rameshwor Dangal.
O abalo foi sentido em outros países, como Índia, Bangladesh e China, e provocou avalanches no Himalaia. Quase 100 repetições do tremor, com uma intensidade que oscilou entre 4 e 6 graus na escala de Richter, foram sentidas depois do terremoto.
As operações de resgate no Nepal são difíceis por causa das más condições tempo e pela carência do país asiático para responder a um desastre de grandes dimensões.
Brasileiros passam bem – A Divisão de Assistência Consular do Itamaraty e a Embaixada do Brasil em Katmandu, capital nepalesa, conseguiram fazer contato com 183 brasileiros que estão no país asiático, localizado na região do Himalaia. Segundo o Itamaraty, todos passam bem. A partir do trabalho das equipes da representação do país na capital nepalesa, com o apoio das famílias e amigos no Brasil, o Itamaraty estima em 211 o total de brasileiros no Nepal.
O Ministério das Relações Exteriores também montou um posto de atendimento no aeroporto de Nova Délhi, principal rota aérea de saída de Katmandu, para auxiliar os brasileiros que deixam o Nepal e fazem escala na Índia. “A Embaixada tem instrução para acolher os brasileiros, caso necessário, mesmo que no Jardim da Residência, para uso como local de refúgio”, diz nota do Ministério de Relações Exteriores.