Terremoto na região Central da Itália causa mais de 120 mortes e 300 feridos

O tremor ocorreu na região de Marcas, onde fica a província de Ascoli Piceno, que por sua vez abriga a cidade de Arquata del Tronto, na região central da Itália.

Passa de 120 o número de mortos no terremoto de hoje (24) na Itália, segundo informações concedidas pelo governo do país. O tremor ocorreu na região de Marcas, onde fica a província de Ascoli Piceno, que por sua vez abriga a cidade de Arquata del Tronto.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, confirmou que o terremoto de 6,2 gaus que atingiu a zona central do país nesta madrugada “deixou ao menos 120 mortos”. “Os feridos foram levados para fora de Amatrice e Accumoli com helicópteros e ambulâncias. Foram 368 somente nesta manhã”, informou Renzi. “Há alguns problemas para o reconhecimento dos corpos, mas estamos trabalhando nisso”.
A declaração de Renzi foi dada em em Rieti, uma das províncias mais afetadas pelo abalo sísmico, onde o premier também destacou que será preciso um “longo período de gestão” para lidar com a emergência provocada pelo terremoto. “A emergência demandará um longo período de gestão. Deveremos estar, todos, à altura deste desafio”, disse.
O tremor ocorreu às 3h36 (hora local). Renzo Di Giacinto, 60 anos, estava em Roma no momento do sismo, mas sua irmã tem uma casa em Amatrice e vivenciou de perto o desastre. “Ela estava dormindo, aí teve um grande rugido. A casa tremeu por alguns segundos, mas ela é antissísmica e não sofreu nenhum dano”, contou, em entrevista à ANSA Brasil.
Ainda assim, sua irmã escapou rapidamente da residência, em meio ao blecaute causado pelo desastre natural, pegou um carro e seguiu para Áquila – destruída por um tremor em 2009 – pela estrada situada no lado oposto de onde foram registrados os maiores problemas. De lá, tomou a rodovia para Roma.
Segundo Di Giacinto, uma lei obriga as novas construções em Amatrice a terem proteção contra terremotos, mas as antigas – a maioria – continuam vulneráveis. “A cidade está verdadeiramente destruída, é uma cidade renascentista, do século 14”, acrescenta.
Inclusive, duas igrejas medievais, as de San Francesco e Sant’Agostino, foram severamente danificadas, assim como o Museo Civico, que entrou em colapso. Outro lugar histórico que desabou foi o Hotel Roma, situado no centro do município e célebre pelo espaguete à matriciana.
“Muitos helicópteros estavam sobrevoando a cidade. Sábado seria o Festival do Espaguete, então havia muitos turistas”, acrescenta Di Giacinto.