Terminou sem acordo a audiência de conciliação realizada, nesta quarta-feira (15), entre o Governo do Estado e o Comando de Greve do Cpers-Sindicato. A reunião foi uma determinação da Juiza Andréia Terre do Amaral, que negou o pedido de liminar do Piratini que pedia a desocupação do CAFF (Centro Administrativo Fernando Ferrari).
Com este resultado, o Governo do RS aguarda que a juíza, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, julgue um pedido de reintegração de posse do CAFF, movido pela Procuradoria-Geral do Estado na terça-feira (14).
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“Consideramos essa uma grande vitória dos educadores, da nossa resistência. Não vamos recuar, permaneceremos no CAFF até que o governo nos apresente propostas a nossa pauta de reivindicações”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, na última quarta-feira (14), quando a Justiça negou o pedido de liminar para desocupação do CAFF.
Funcionamento da máquina pública prejudicado
Na segunda-feira, após reunião com o secretário Luís Alcoba e o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, o Comando de Greve ocupou as dependências do prédio. Para o Piratini, os manifestantes impedem a entrada de pessoas, ao bloquear o acesso às portas com móveis e cadeados.
Conforme o Governo do Estado, o prédio concentra a maior parte das secretarias do Estado e a invasão prejudica o funcionamento da máquina pública, impossibilitando a prestação de serviços essenciais aos cidadãos.
Revindicações dos professores
Os professores da rede estadual querem barrar a tramitação do projeto de lei 44/2016, na Assembleia Legislativa do RS. O Governo enviou, com urgência, a medida que pretende ampliar a participação privada e de serviços terceirizados nas escolas estaduais. A proposta estava na ordem do dia da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) desta terça-feira (14), mas acabou sendo retirada da pauta.
O Cpers também não abre mão do pedido de reajuste de 13% referente a 2015, mais 11,36% de 2016 e a apresentação de uma proposta para repor uma suposta defasagem de 69,44%. Os professores também querem o pagamento do Piso Salarial Nacional do Magistério.