Na reunião de balanço de seus dois anos e oito meses de governo com sua equipe ministerial, hoje (19), no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer preferiu não comentar os mandados de busca e apreensão executados pela Polícia Federal em endereços do ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, de políticos do Rio Grande do Norte e empresários.
Ao mencionar o ministério comandado por Kassab, Temer destacou que a área científica não é fácil e que houve uma pacificação das áreas em decorrência de sua “habilidade extraordinária”.
O acesso ao local da reunião foi fechado à imprensa. Kassab deixou o Palácio do Planalto sem falar com os jornalistas.
Mais cedo, por meio de nota, Kassab disse confiar na Justiça e mostrou-se disposto a prestar esclarecimentos. Também afirmou que “seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público”.
As investigações se sustentam em informações transmitidas durante delações premiadas de executivos da J&F. O objetivo é apurar suposto recebimento de vantagens indevidas por parte de Kassab enquanto era prefeito de São Paulo, no período de 2010 a 2016.
Os policiais federais chegaram cedo ao apartamento de Kassab, no bairro dos Jardins, em São Paulo. Também são investigados candidatos ao governo do Rio Grande do Norte e um deputado federal eleito.