Tema da redação é aprovado e matemática foi a prova mais difícil

O “bicho-papão” da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) este ano foi a matemática. A redação que, nesta edição, teve como tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, agradou e tranquilizou o segundo dia de provas para grande parte dos candidatos.
“Matemática foi o mais complicado por questões de matérias mais antigas. Para quem terminou o ensino médio há mais tempo, como eu, isto complica. Mas fiz uma boa prova”, avaliou Renan Henrique de Souza Sena, 22 anos.
Neste domingo, segundo dia de provas do Enem, além da redação, os alunos tiveram cinco horas e meia para resolver 45 questões de linguagens e códigos e 45 de matemática. Os portões para entrar nos locais de prova fecharam às 13h, no horário de Brasília.
No caso da redação, para que tenham alguma chance, os candidatos precisam escrever mais de sete linhas e não fugir do tema proposto nem fazer brincadeira ou deboche com o tema. A estrutura deve ser dissertativo-argumentativa, com exposição de argumentos sobre o tema, em que serão analisadas consistência e coerência.
O Ministério da Educação estabelece cinco competências a serem analisadas e cada uma tem cinco faixas que vão de 0 a 200 pontos. Para definir a nota da redação, são considerados critérios como domínio da norma-padrão da língua escrita, compreensão da proposta da redação e aplicação de conceitos de diversas áreas do conhecimento para desenvolver o tema; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e elaboração de proposta de intervenção ao problema abordado, respeitando os direitos humanos.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fará um balanço dos dois dias do exame em entrevista coletiva às 19h. Ontem (24), Mercadante classificou o sábado como um dia “tranquilo” de prova. Segundo dados do MEC, 364 candidatos foram eliminados, sendo que 330 dos casos ocorreram em função de porte de equipamentos inadequados e 34 foram identificados com objetos proibidos pelos detectores de metal. A abstenção ficou em 25,31%, menor do que a registrado em 2014.