Mais uma suspeita de microcefalia é encontrada no Rio Grande do Sul. O município de Frederico Westphalen, no Noroeste do Estado, está em alerta após o nascimento de um bebê na última segunda-feira (1°), que tem perímetro encefálico de 29cm, quando o considerado normal é de 33 a 34cm.
Conforme o pediatra Jorge Rosés, que foi quem atendeu a criança logo após o parto, as medidas lhe chamaram a atenção. “Pode ser que não tenha nada a ver com o vírus da Zika, mas há uma preocupação porque existe a possibilidade”, afirma. Segundo Rosés, a mãe da criança havia andado por locais por onde há procriação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus zika, um dos causadores da microcefalia.
Foram recolhidas amostras da criança e da mãe, para que fossem enviadas ao Lacen (Laboratório central do estado), onde será feita analise do material. O tempo de espera para o resultado varia de cinco a 20 dias, de acordo com a 19ª CRS (Coordenadoria Regional da Saúde).
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“Agora vai se analisar essa criança, mas já fica o alerta, é o primeiro caso aqui na região depois desse surto no país e do alerta da OMS (Organização Mundial de Saúde). Então é o momento de acendermos a luz de alerta e ficar atentos, pois se for confirmado, certamente teremos outros tantos, uma vez que a nossa região tem o vetor e vai também ter a doença”, apontou o pediatra.
O Hospital Divina Providência encaminhou na quarta-feira, (3), o formulário eletrônico ao Ministério da Saúde e fez a notificação à Secretaria Municipal de Saúde e à 19ª CRS, que a partir de agora acompanham o caso.
Possíveis causas e diagnóstico
Muito se fala da ligação do Zika Vírus com a doença, mas ainda pouco se conhece dessa relação. Os exames feitos no Lacen devem apontar a causa da má-formação, que pode também estar relacionada à toxoplasmose, ao vírus da inclusão citomegálica e à rubéola. De acordo com a 19ª CRS, possivelmente mãe e criança serão encaminhadas ao Hospital de Clínicas para a confirmação do diagnóstico de microcefalia.