A falta de vagas nos presídios gaúchos e a superlotação das carceragens da Polícia Civil da Capital obriga que a Brigada Militar mantenha, há mais de 42h, um preso dentro de uma viatura. Eles estão em frente da 3ª DPPA (Delegacia de Políca de Pronto Atendimento), no bairro Navegantes, e não há prazo para serem removidos para o presídio.
Conforme a Polícia Civil, outros dez presos superlotam a carceragem da Delegacia, o que impede que, ao todo, cinco detidos sejam encaminhados para os presídios. A decisão de manter os novos detidos dentro dos carros da Polícia Militar é do delegado Marco Antônio de Souza, que afirma que há risco para os agentes e o atendimento da população.
Segundo a Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), não há prazo para resolver o problema porque não há vagas no sistema. Conforme a própria Superintendência, faltam 11 mil vagas no Rio Grande do Sul.
Em setembro, o governo decretou situação de emergência no sistema penitenciário gaúcho devido a ingerência do mesmo. À época, a Susepe disse que seria possível mais de 6 mil vagas, mas até agora nenhuma foi aberta.