Cotidiano

Startup gaúcha auxilia no descarte correto de resíduos de construção civil

Empresa, com atuação em Porto Alegre, reúne elos da cadeia de descartes em obras

Fazer a ligação entre o gerador de resíduos da construção civil, o transportador (tele entulho) e o receptor correto, minimizando o descarte ilegal e gerando renda é o trabalho da startup gaúcha 5 Marias. Por meio do serviço I-SIS, a empresa, com atuação em Porto Alegre, reúne os elos da cadeia de descartes em obras – da Smams (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade) ao DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana).

O objetivo da empresa, agora, é conquistar mercado. O trabalho ocorre junto a construtoras e incorporadoras, indústria e comércio, escritórios de engenharia e arquitetura, empresas de tele entulho, empresas receptoras de resíduos da construção civil e à população no geral.

Descarte de resíduos

Além de buscar resolver a questão do descarte incorreto de resíduos da construção civil, a 5 Marias pretende fazer que os receptores – dos quais muitos deles também são recicladores – tenham mais materiais para trabalhar e revender. Hoje, empresas de reciclagem desses tipos de materiais, em Porto Alegre, trabalham apenas com 10% de seu potencial. A porcentagem baixa decorre da falta de resíduos destinados corretamente, conforme a natureza do material.

A 5 Marias participou do programa Startup Garagem do Tecnopuc, e, enquanto está em fase de rodagem de modelo e financiamento para desenvolvimento de um aplicativo próprio, o serviço é oferecido por WhatsApp. Os preços são compatíveis aos praticados pelo mercado de tele entulho: caçamba de gesso e madeira por R$ 300,00; caçamba de caliça por R$ 250,00; e caçamba mista por R$ 330,00.

“Vamos garantir que o descarte será feito nos locais corretos e de acordo com a legislação ambiental vigente. Cada tipo de resíduo deve ir a um determinado local e apenas depois do descarte correto, o gerador recebe o fechamento do negócio com a emissão final do Manifesto de Transporte de Resíduo da Construção Civil (MTRCC)”, explica Daniely Votto, uma das sócias.

Atualmente, na capital gaúcha, existem 318 focos de resíduos irregulares e o município gasta, aproximadamente, R$ 1,8 milhão por mês para limpar os descartes deixados em locais inapropriados.

Soluções para a Capital

A startup 5 Marias foi vencedora do “Creathon 2019 – Co-criação e Resíduos”. O edital lançado pela prefeitura de Porto Alegre em parceria com Pacto Alegre, Parques Tecnológicos da PUCRS, UFRGS, Unisinos e outras entidades, buscava soluções tecnológicas para amenizar o problema do descarte irregular de resíduos enfrentado pela cidade.