Sobe para 7 número de mortes após chuva torrencial no Rio de Janeiro

Em alguns bairros do município, choveu mais de 300 milímetros. As últimas vítimas identificadas são avó e neta, que estavam em um táxi que foi soterrado. 

Subiu para sete o número de mortes causadas pela chuva torrencial que atinge o Rio de Janeiro. Em alguns bairros do município, choveu mais de 300 milímetros. As últimas vítimas identificadas são avó e neta, que estavam em um táxi que foi soterrado por um deslizamento de terra.

Conforme a Prefeitura do Rio, em alguns bairros, como Rocinha e Jardim Botânico, a chuva alcançou os 340 e 330 milímetros.

Na manhã desta terça-feira, o Corpo de Bombeiros encontrou os três corpos em um táxi que foi soterrado por um deslizamento de terra. Os corpos são de Lucia Xavier Sannento Neves e de sua neta, Júlia Neves Aché, e do motorista do automóvel. Ele foi identificado apenas como Marcelo. As duas passageiras haviam subido no táxi na saída de um shopping center com destino a Copacabana.

Além deles, a Prefeitura do Rio confirmou a morte de mais quatro pessoas. Bombeiros ainda fazem buscas por um desaparecido, que estaria sob uma casa que desabou no morro da Babilônia.

Um jovem que morreu eletrocutado em Santa Cruz, bairro da zona oeste. Duas irmãs que morreram soterradas em um desabamento no morro da Babilônia, na zona sul da cidade. A primeira vítima da tempestade foi um motociclista que morreu afogado ao ser arrastado pela enxurrada na Gávea, também na zona sul.

Sirenes tocaram em áreas de risco

O município do Rio de Janeiro está em estado de crise desde as 20h55 de ontem. As áreas mais afetadas foram as zonas sul e oeste. O temporal alagou túneis, derrubou árvores, destruiu carros e inundou ruas por toda a cidade.

As sirenes de alerta para risco de deslizamento de terra foram acionadas em 21 das 103 comunidades monitoradas pela Defesa Civil Municipal. Mas, segundo moradores, o alarme não chegou a ser acionado no Morro da Babilônia porque estava faltando energia na comunidade no momento do temporal.

A chuva também provocou o desabamento de mais um trecho da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer. Desta vez, a parte que caiu fica próxima do bairro de São Conrado. O desabamento ocorreu por volta das 22h, quando a via já estava fechada. Foi  o quarto incidente desse tipo desde a inauguração da ciclovia, em janeiro de 2016. Um deles foi causado por ondas, durante uma ressaca, e três por temporais.