SINDJORS cobra apuração dos fatos que levaram a prisão de jornalista na Sefaz

Enquanto Chaparini cobria o protesto na Sefaz (Secretaria da Fazenda), foi preso e levado até o Presídio Central de Porto Alegre.

O SINDJORS (Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul) quer apuração dos fatos que levaram à prisão do jornalista Matheus Chaparini, do Jornal Já. Enquanto ele cobria o protesto na Sefaz (Secretaria da Fazenda), foi preso e levado até o Presídio Central de Porto Alegre. Ao todo, dez adultos foram presos e 33 estudantes menores de idade encaminhados ao Deca (Departamento Estadual de Proteção ao Adolescente).
Na tarde desta sexta-feira (17), vários profissionais exibiram exemplares do  em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre, em um ato de desagravo contra a prisão de Chaparini. Os profissionais depositaram canetas, celulares e câmeras fotográficas na porta do Palácio.
Chaparini foi acusado por seis crimes: associação criminosa, dano qualificado ao patrimônio público, esbulho possessório, prejudicar o trabalho coletivo, resistência e corrupção de menores, este último sem possibilidade de pagamento de fiança. Segundo a delegada responsável pelo caso, Andrea Nicotti, ele será indiciado.

Caso será apurado pelo MP

O caso será apurado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. O Procurador-Geral de Justiça do Estado, Marcelo Dornelles, se prontificou a apurar a ação da Brigada Militar e como se deram as prisões a adolescentes e jornalistas durante a desocupação do prédio da Sefaz.
O presidente do SINDJORS entregou um ofício pedindo que sejam tomadas as providências na apuração do atentado ao exercício profissional sofrido por Chaparini. “Ele foi detido e acusado do crime de corrupção de menores mesmo depois de ter se identificado”, declarou Simas.
Matheus Chaparini, repórter do Jornal Já, e o cineasta independente, Kevin Darc, foram os jornalistas presos pela Brigada Militar. Eles ficaram durante toda a tarde detidos na 3ª Delegacia de Pronto Atendimento de Polícia Civil da Capital e encaminhados ao Presídio Central. foi um dos presos. Os advogados não puderam ter acesso ao prédio da delegacia.
A Brigada Militar informou que a ação de desocupação do prédio da Sefaz “não foi abusiva” e de que é de poder e dever do Estado agir, mesmo sem nenhum pedido de reintegração de posse.

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