O apresentador Silvio Santos foi sepultado, em São Paulo. O enterro ocorreu nas primeiras horas deste domingo, no Cemitério Israelita do Butantan.
O funeral sem velório atendeu a um pedido do apresentador e empresário. “Ele pediu para que, assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica”, aponta o texto divulgado pela família Abravanel.
“Pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer”, afirma a nota familiar.
Na porta do cemitério, alguns admiradores do apresentador levaram cartazes e fotos como forma de despedida. O local teve as portas fechadas antes das 8h.
A cerimônia de despedida de Silvio seguiu a tradição judaica. Conforme o rito, o enterro deve acontecer rapidamente após o falecimento. No entanto, a cerimônia não pode ser realizado no sábado, o dia de descanso do judaísmo. O período dura do pôr de sol da sexta-feira ao pôr do sol de sábado.
Pela tradição, o corpo é envolvido em uma mortalha branca. Isso simboliza igualdade perante a morte, deixando de lado a posição social do falecido. O caixão deve ser simples e deve permanecer fechado.
O apresentador deixa a viúva Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978, seis filhas – Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata, do casamento com Íris; e Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, que morreu em 1977 –, 14 netos e 4 bisnetos.
Confira abaixo o comunicado da família Abravanel
“Colegas de auditório, colegas de uma vida, o que dizer para vocês nesse momento? Acreditamos que muitos de vocês estejam compartilhando da mesma saudade que nós hoje estamos sentindo.
Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu.
Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer.
Por este motivo, pedimos a compreensão de todos vocês. De guardar na memória tudo de bom que ele fez e de tantas alegrias que ele nos trouxe ao longo dos anos. Ele foi muito feliz com tudo que fez. E sempre fez tudo do fundo do seu coração. Ele amou o Brasil e os brasileiros.
Com muito carinho e respeito a todos vocês,
Família Abravanel”