A Justiça Eleitoral determinou o afastamento do sigilo bancário da candidata à Prefeitura de Canoas, Beth Colombo (PRB), do ex-tesoureiro da campanha, Guilherme Ortiz de Souza, e de mais oito empresas. A decisão atende um pedido do Ministério Público, que apura supostos crimes eleitorais realizados pela campanha da candidata.
A quebra do sigilo tem o objetivo de averiguar a existência de quaisquer valores que eventualmente tenham sido empregados, em desconformidade com a legislação eleitoral.
De acordo com o promotor Eleitoral João Paulo Fontoura de Medeiros, que assinou o pedido, o intuito do afastamento do sigilo bancário está em verificar a origem dos cerca de R$ 500 mil apreendidos no comitê de Beth Colombo e na residência do ex-tesoureiro durante operação da Polícia Federal.
A Justiça Eleitoral deferiu em setembro ação cautelar ajuizada pelo Ministério Público para que a candidata comprove a idoneidade da origem dos recursos apreendidos no seu comitê. Foram apreendidos, conforme informações obtidas pelo Ministério Público Eleitoral, cerca de R$ 500 mil no comitê e na residência do ex-tesoureiro da campanha.
No entanto, Beth Colombo havia informado para a Justiça Eleitoral – até então – que havia recebido aproximadamente R$ 190 mil em recursos para a campanha. Conforme o promotor Eleitoral João Paulo Fontoura de Medeiros, o intuito está em se apurar se houve inobservância da legislação eleitoral.
Mais da Operação Suffragium
A Operação Suffragium apura supostos crimes eleitorais em Canoas. Na primeira ação, no dia 22 de setembro foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva. Na ação, foram apreendidos mais de R$ 500 mil no comitê de Beth Colombo (PRB), candidata à Prefeitura de Canoas, na região metropolitana.
Três dias depois, um depósito usado pela campanha e uma gráfica em Porto Alegre também foram vistoriados. Os agentes buscam por panfletos com acusações contra adversários de Beth. Os “santinhos” acusariam candidatos a prefeito de Canoas de tentar fraudar as urnas eletrônicas, mas isso não foi confirmado.
Mais cedo, três gráficas de Porto Alegre, Canela e na cidade catarinense de Biguaçu foram alvos de uma ação de busca e apreensão da Polícia Federal. Notas fiscais e documentos foram apreendidos nos locais e serão confrontadas com a prestação de contas da campanha.