Cotidiano

Servidores do IMESF entram em greve por tempo indeterminado a partir do dia 31

Na semana passada, integrantes do Instituto já haviam realizado um protesto e uma caminhada em função da falta de reajuste da categoria. Ao todo, são mais de 2 mil funcionários, todos celetistas.

Servidores do IMESF (Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado na próxima terça-feira (31), em Porto Alegre. Na semana passada, integrantes do Instituto já haviam realizado um protesto e uma caminhada em função da falta de reajuste da categoria. Ao todo, são mais de 2 mil funcionários, todos celetistas.

Os colaboradores reclamam da falta de estrutura das unidades de Saúde da Família em Porto Alegre e do sucateamento do que já existe. Algumas unidades possuiriam problemas como goteiras, presença de roedores e insetos, além de falta de medicamentos. A categoria também criticam a falta de reajuste salarial há dois anos e pede a manutenção de benefício de 10% das remunerações.

Enfermeiros, agentes, técnicos da saúde, e odontologistas, de vários sindicatos, estão reunidos na tentativa de pressionar a Prefeitura. Os médicos, que são filiados ao Simers, decidirão se participam da greve nesta quinta-feira (26).

“Estamos abertos para o diálogo, mas vemos a greve por tempo indeterminado como uma medida extrema. E é o reflexo do descaso da administração com a saúde”, afirmou, ao Jornal Sul 21, o presidente do Sergs (Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul), Estêvão Finger.

Para ele, há uma clara tentativa de sucatear o serviço do IMESF, que é uma é uma fundação pública de direito privado, ou seja, não é vinculada diretamente a um órgão da Prefeitura e não tem fins lucrativos.

Contraponto

A vice-presidente do IMESF, Lívia Faller, disse, ainda ao Sul 21, que a deflagração da greve foi algo “triste”. Segundo ela, estaria sendo proposto ao representantes da paralisação a feitura de um “grupo de trabalho”.

Ela destacou a questão do parcelamento de salários, e que “pensar em reajustes para outra administração me parece inviável”. Quanto a retirada do bônus de 10% nos vencimentos, Lívia afirmou que ele se refere ao desempenho dos servidores. Hoje, eles não são avaliados. “Assim, quem atingir a meta irá receber os 10%”, disse.