Os servidores da Polícia Civil e da Susepe (Superintendência de Serviços Penitenciários) fazem uma paralisação hoje, até às 18h, em todo o Estado para chamar atenção da população para a situação das categorias, que reclamam da retirada de direitos, como pagamento de horas extras, os cortes nos orçamentos, o não chamamento de aprovados de concursos (são 650 aprovados só na Polícia Civil) e a falta de um plano por parte do governo estadual para reajuste dos salários.
A estimativa do Ugeirm Sindicato (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil do Rio Grande do Sul) é que cinco mil servidores tenham cruzado os braços pela manhã. Um grupo de servidores se reuniu em frente ao Palácio da Polícia, sede da Polícia Civil no Estado. No interior, servidores realizaram atos de protesto em frente das delegacias.
Apenas serviços essenciais
Conforme Flávio Berneira, presidente do Amapergs (Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul), a orientação para os agentes penitenciários é que seja dada continuidade apenas aos atendimentos básicos, como médico, expedições de alvarás de soltura e o de alimentação nas prisões.
Até às 18h, os policiais civis não cumprirão de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas, remessa de inquéritos policiais ao poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária.
As DPPAs (Delegacias de Pronto Atendimento) e plantões atendem apenas os flagrantes e casos de maior gravidade tais como: homicídio, estupro, ocorrências envolvendo crianças e adolescentes e lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que os plantonistas julgarem imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil. Ocorrências de pequena monta podem ser realizadas através da Delegacia Online. A condução de presos para audiências, atribuição da Susepe, também não está sendo realizada.
Cotidiano