Cotidiano

Sem citação direta, Dilma diz que "existem dois chefes do golpe"

Em um discurso duro na tarde desta terça-feira (12), a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, sem citar os nomes do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que “existem dois chefes do golpe”. “Nós vivemos tempos tempos estranhos, tempos de golpe e de conspiração”, enfatizou Dilma, que participava de um encontro da Educação pela Democracia.
A presidente defendeu que “o golpe não é sobretudo contra ela” mas contra o projeto a que ela representa. Ela defendeu que as ações da oposição são contra tudo o que chamou de “conquistas da população e protagonismo da população” conseguidos em 13 anos de administração do PT.
“O chefe conspirador demonstra não ter compromissos com povo. Ele fala que pensa em manter as conquistas sociais. Vejam bem, ele pensa, como se conquistas sociais precisassem ser pensadas.”

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“Não sei direito qual é o chefe e qual é o vice-chefe. Um deles é a mão, não tão invisível assim, que conduz com desvio de poder e abusos inimagináveis deste processo de impeachment. O outro, esfrega as mãos e ensaia a farsa do vazamento de um pretenso discurso de posse”, declarou a presidente.
Para ela, o áudio divulgado ontem “por engano” pelo vice-presidente Michel Temer “revela traição a mim e à democracia”.