Sem acordo, caminhoneiros prostestam em 7 estradas no RS

Durante a madrugada, caminhões foram apedrejados em Três Cachoeiras. Foto: PRF/ Divulgação
Durante a madrugada, caminhões foram apedrejados em Três Cachoeiras. Foto: PRF/ Divulgação

Terminou sem acordo a reunião entre caminhoneiros e representantes do governo que buscava a aprovação de uma tabela de frete mínimo. Protestando, os trabalhadores saíram da reunião dizendo que voltarão a fazer greve em todo o país. Desde a madrugada, há pontos de bloqueios em estradas do Estado. Até o fechamento desta reportagem, eram quatro bloqueios (veja abaixo).
No dia 26 de março, uma reunião entre governo, caminhoneiros e embarcadores terminou sem acordo. Na ocasião, o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, disse que o governo pediu prazo para analisar a proposta de tabelamento. Na reunião de hoje, no entanto, o governo rejeitou a criação do frete mínimo.
Ao ouvirem a posição de Rodrigues e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, os caminhoneiros abandonaram a reunião, protestando e gritando: “O Brasil vai parar!”. Eles esperavam que o governo considerasse a autorização de uma tabela de fretes, uma vez que já havia afastado a possibilidade de reduzir o preço do óleo diesel, outra reivindicação dos caminhoneiros, exposta na paralisação de fevereiro.
A tabela de frete mínimo, buscada pelos caminhoneiros, aumentaria em torno de 30% o valor do frete praticado hoje. Eles alegam que esse valor é necessário para cobrir os gastos com o transporte e protegê-los de oscilações do mercado que, segundo eles, costumam repassar a baixa lucratividade no preço do frete.
Veja os pontos de mobilização: (atualizado às 16h)

  • BR-116, km 398, em Camaquã.
  • BR-153, km 386, em Cachoeira do Sul.
  • RS-155, km 65, em São Augusto
  • BR-158, km 160, em Panambi.
  • BR-285, km’s 457 e 462, em Ijuí
  • RS-342, km 19, Cruz Alta.
  • BR-472, km 155, em Santa Rosa.

Não há registro de nenhum bloqueio de trânsito. Caminhoneiros estão sendo convidados a se juntar as mobilizações, que ocorrem no acostamento e em postos de combustíveis. Veículos de passeio e ônibus estão sendo liberados.