O governador Eduardo Leite (PSDB) e o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Santos Cardoso, anunciaram o calendário de pagamento dos servidores do Executivo em entrevista coletiva. A primeira faixa salarial será de R$ 1.100 líquidos, atendendo 36 mil matrículas. São 10,6% da folha.
No dia 11, serão pagos os salários de até R$ 1.250 líquidos. Nesta faixa são 117.644 vínculos. Já no dia 12, serão pagos os valores até 3.600 (69 mil matrículas) e, depois, R$ 5.000 líquidos (49 mil vínculos). No dia 13, salários até R$ 7.250 (34 mil matrículas) e, à tarde, R$ 11.500 líquidos (25 mil vínculos). A previsão é pagar 11.697 matrículas, que completam a folha, até 14/2, conforme o Piratini.
Como foi a coletiva
Em um primeiro momento, Leite fez um balanço da situação fiscal do governo. Conforme o governador, o Estado encerrou 2018 atingindo o limite prudencial de gastos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Também afirmou que R$ 11,6 bilhões saíram do caixa único para o pagamento da Previdência estadual.
Conforme Leite, os valores não pagos referentes a 2018 somam R$ 15 bilhões. O governador apontou que as receitas são insuficientes em R$ 7 bilhões. Ou seja, de 13 folhas, apenas oito poderiam ser pagas em dia. Leite ainda apontou que a insuficiência de dinheiro é de R$ 43 bilhões entre 2019 e 2022.
Marco Aurelio Santos Cardoso apontou as dificuldades financeiras do Estado. Ele explicou os gastos do governo no ano passado nas áreas de saúde, educação e segurança pública. Também destacou que o pagamento dos servidores de ativos e inativos alcança 70% do orçamento.
Durante a explanação, Cardoso apontou que há cerca de 590 milhões em dívidas com a área da saúde e de fornecedores não pagas deixadas pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB). Ao todo, são R$ 4,3 bilhões de contas de 2018 a pagar em 2019.