A saída de dólares do país superou a entrada pelo segundo mês consecutivo, de acordo com dados divulgados hoje (3) pelo Banco Central (BC). O resultado negativo ficou em US$ 6,138 bilhões, em setembro, a maior saída líquida registrada neste ano. De janeiro a setembro, o saldo ficou positivo em US$ 18,040 bilhões.
O fluxo de dólares Brasil ocorre tanto por meio do comércio exterior como pelos investimentos de estrangeiros.
Em setembro, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) foi o segmento responsável pelo saldo negativo. O déficit chegou a US$ 6,734 bilhões e acumulo saldo negativo de US$ 19,003 bilhões, de janeiro a setembro.
Já o fluxo comercial (exportações e importações) ficou positivo em US$ 596 milhões em setembro. No acumulado de nove meses, o segmento comercial registrou saldo positivo de US$ 37,043 bilhões.
O fluxo de dólares no país pode influenciar a cotação da moeda. Com menos dólares no mercado, como ocorreu em setembro, a tendência é de aumentar a cotação. Quando há mais dólares, a influência pode ser a redução da cotação. Entretanto, outros fatores também afetam o valor da moeda americana: o cenário externo e interno, com incertezas eleitorais.
As intervenções do BC também geram efeitos na cotação da moeda. O BC atua para conter fortes oscilações e oferecer proteção cambial (hedge) às empresas.