O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, disse hoje (7) que vai aproveitar sua participação no trabalho de transição do governo federal para convencer a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre a importância de se garantir um espaço importante para a cultura no próximo governo. Sá Leitão é contra a fusão do Ministério da Cultura com o da Educação, mas admite outros arranjos em que a área não perca importância.
“Temos ainda muitas entregas a fazer [no ministério]. E também tenho foco grande no trabalho de transição em nível federal, que é importantíssimo. Mostrar aos representantes do novo governo a importância da cultura, da economia criativa, do patrimônio cultural brasileiro, da política cultural como um todo e de todos os programas e ações que foram feitos e que eu espero que tenham continuidade”.
De acordo com o ministro, após conhecer mais profundamente as instituições e entender os papéis de cada uma, haverá um ajuste entre a expectativa e a realidade. “Tenho confiança de que a nova equipe, ao conhecer o trabalho que fizemos, se sensibilizará e terá uma abordagem à altura da importância da cultura”, acrescentou.
Sá Leitão, anunciado ontem (6) como futuro secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, acha que a continuidade do ministério não é essencial. “Não vejo como um problema. Mais importante do que ter um locus institucional exclusivo, é a importância que se dá ao setor e à política pública. Temos no mundo várias referências de países onde há uma política cultural bastante expressiva com ótimos resultados, sem que exista um ministério específico”, afirmou.
As declarações do ministro ocorreram após cerimônia no Rio de Janeiro que celebrou o 180º aniversário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Entre outras ações, foi anunciado convênio com o IHGB visando as celebrações dos 200 anos da Independência do Brasil, que se completarão em 7 de setembro de 2022. Até lá, deverão ser realizados dois eventos por ano, entre seminários, exposições ou outras atividades.