O Rio Grande do Sul implementou uma nova plataforma para o gerenciamento de doações de órgãos e tecidos para transplante. O software teve desenvolvimento a partir de uma iniciativa da Central de Transplantes do RS.
“É um marco extremamente importante para nós, pois estamos inaugurando um sistema informatizado e integrado com as OPOs [Organizações de Procura de Órgãos] e Cihdott [Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes]”, comemorou Sandra Coccaro. Ela é chefe da Divisão de Transplantes da SES (Secretaria da Saúde).
O sistema é totalmente digital e apresenta módulos para as equipes que realizam as ações necessárias para um transplante. Através da plataforma é possível realizar a notificação, a regulação e a comunicação com equipes transplantadoras, que farão a seleção dos órgãos captados e dos receptores dentro da lista única do SNT (Sistema Nacional de Transplantes).
“O Gedott [Gerenciamento de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes] traz o processo desenvolvido no Rio Grande do Sul para a era do prontuário eletrônico, garantindo a segurança da informação e proporcionando que todas as etapas sejam feitas de forma digital, desde a notificação do potencial doador, passando pela distribuição de órgãos, até o contato com as famílias no pós-doação. Isso garante que todas as etapas do processo sejam feitas em tempo ideal”, explica o chefe da Divisão de Regulação Hospitalar do Estado do Rio Grande do Sul, Rogério Caruso.
O aplicativo
O Gedott é idealizado desde 2017, quando houve a descrição de todo fluxo de doação de órgãos e tecidos e teve início o desenho do esqueleto norteador do sistema. Em 2021, foi realizada a licitação com uma empresa desenvolvedora de software, a Paipe Tecnologia e Inovação, que atuou em conjunto com a Central de Transplantes, culminando na efetivação do software. Agora, todo o processo passa a ser feito dentro do aplicativo, possibilitando também o acompanhando estatístico e o planejamento futuro.