O Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde), vinculado à Secretaria da Saúde, confirmou, nesta quarta-feira (21), o sexto óbito por dengue no Rio Grande do Sul em 2024. Trata-se de um homem de 63 anos, residente em Cruz Alta, no Norte do RS. Ele tinha comorbidades e faleceu no último dia 15.
A maioria dos óbitos por dengue no Estado neste ano ocorreram nas Regiões Norte e Noroeste. Além deste registrado em Cruz Alta, houve ainda três mortes em Tenente Portela e uma em Santa Rosa. O outro óbito foi registrado em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo.
Recentemente, o próprio Cevs divulgou dados apontando que os fenômenos climáticos como o El Niño e as chuvas intensas que afetaram o Rio Grande do Sul nos últimos meses podem ter contribuído para o aumento do número de casos de dengue. Contudo, ainda que 466 municípios gaúchos estejam em situação de infestação pelo mosquito Aedes Aegypt, o estudo apontou que a maior incidência era justamente nas Regiões Norte e Missioneira.
O caso de Tenente Portela é o mais sensível. A última atualização da Secretaria da Saúde dava conta de mais de 1,2 mil casos confirmados na cidade da Região Noroeste. Para se ter uma ideia, o Rio Grande do Sul tem 5,6 mil casos confirmados de dengue até o momento em 2024.
No sábado (17), a prefeitura de Tenente Portela se pronunciou oficialmente sobre o alto volume de casos de dengue na cidade. A administração, que relata estar fazendo uma força-tarefa para conter a proliferação do mosquito, atribuiu o problema em parte ao descaso da população.
“São caixas d’água, piscinas, tonéis, tanques, baldes, pneus, garrafas, entre outros recipientes, no mais completo abandono, com água acumulada, repleta de larvas e, é claro, enxames de mosquitos. O cenário perfeito para que a dengue siga se alastrando”, diz a nota. Outro problema relatado é o do acúmulo de lixo.
Outros dados
Além do aspecto da localização geográfica dos casos de dengue, o painel da dengue criado pelo governo do RS aponta outros dados.
Dos seis óbitos, 4 foram de mulheres e 2 de homens. Padrão que repete 2023, quando, dos 54 óbitos em todo o ano, 32 foram de mulheres e 22 de homens.
Além disso, a grande maioria das vítimas fatais são idosos. No entanto, a maior faixa etária com casos registrados é a de 20 a 29 anos.
Por fim, em 2023, segundo o painel do governo gaúcho, das 54 mortes registradas em 2023, 48 foram de pessoas identificadas com a cor branca.
Quanto aos casos confirmados de modo geral, a “curva” de 2024 já aponta um aumento de casos superior ao de todos os anos abrangidos pelo painel. Em 2023, foram mais de 34 mil casos autóctones, que é quando o contágio aconteceu dentro do Estado.