O secretário estadual da Saúde do RS, João Gabbardo dos Reis, confirmou que segue suspensa a utilização do larvicida Pyriproxyfen em depósitos de água para consumo humano. A medida foi tomada como precaução no sábado e discutida nesta segunda-feira (15), em reunião com representantes de outras secretarias estaduais. Também estiveram presentes representantes da Emater e Corsan. A decisão de suspender a aplicação do produto em reservatórios de água também recebeu apoio integral do Cosems/RS (Conselho Estadual das Secretarias Municipais de Saúde do RS).
Curta nossa página no Facebook, siga no Twitter e receba nossas atualizações
Em substituição ao larvicida, a SES (Secretaria Estadual da Saúde) recomenda a eliminação de possíveis criadouros do Aedes aegypti com a proteção física desses locais. Como o Rio Grande do Sul tem um alto índice de distribuição de água tratada, o pyriproxyfen já era pouco usado nessas situações. A aplicação do produto poderá ser efetuada apenas em locais onde a água não é destinada para o consumo, como em chafarizes e vasos de cimento localizados em cemitérios, por exemplo.
Conforme o titular da SES, João Gabbardo, o Estado optou por dar ênfase na precaução: “Nosso foco prioritário tem que ser o de evitar o criadouro, sem o uso de produtos químicos, dando preferência aos métodos mecânicos”, afirmou. Além disso, o secretário afirmou respeitar a orientação do Ministério da Saúde e dos demais estados que fazem uso deste produto, mas reiterou que a estratégia do RS é de não usar produtos químicos na água destinada ao consumo humano.
A decisão cria um mal estar entre o governo estadual e o governo federal, pois o Ministério da Saúde segue dizendo que “não há risco nenhum no uso do larvicida”. Recife, em Pernambuco, onde houve o maior número de casos de microcefalia, informou não usar o larvicida contra o zika vírus.