O Rio Grande do Sul está oficialmente livre da febre aftosa sem vacinação. A Instrução Normativa 52/2020 foi publicada nesta sexta-feira (14) pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). O anúncio ocorreu na última terça-feira (11).
A estimativa do governo do Estado é de que em torno de 12,5 milhões de cabeças, entre bovinos e bubalinos, deixem de ser vacinadas. Não será mais necessária, também, a aplicação de 20 milhões de doses anuais de vacina, já que a imunização ocorria em duas etapas: rebanho geral e para animais com até 24 meses.
O secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, comemorou a decisão. “Como zona livre de febre aftosa sem vacinação, poderemos abrir novos caminhos para exportação. Temos uma fatia de 70% do mercado internacional que ainda podemos atingir”, projetou.
O reconhecimento será encaminhado para a área técnica da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). Após análise, o pedido precisa ser ratificado na assembleia-geral da OIE, que acontece em maio de 2021, na França.
Entre os mercados que se abrem estão Chile, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas e Japão. Além disso, a China, que hoje só importa carne sem osso do Rio Grande do Sul, pode abrir espaço para carne com osso e miúdos.
“Ser livre de aftosa é o maior degrau da condição sanitária da produção e será um fator benéfico e de atratividade para novos mercados”, destaca o presidente do Fundesa e diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos, Rogério Kerber.
De acordo com Kerber, os ganhos não se limitarão à cadeia produtiva de bovinos. Na área de suínos, os ganhos poderão chegar a R$ 600 milhões por ano, e o setor de lácteos terá mais chances para se apresentar ao mercado internacional.
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