Cotidiano

Rodoviários não paralisam na zona Sul, à espera de acordo sobre dissídio coletivo

O protesto, que seguiria os moldes do realizado na sexta-feira, foi cancelado pela nova negociação do dissídio coletivo que ocorrerá nesta segunda-feira.

A paralisação dos rodoviários da zona Sul de Porto Alegre, que havia sido programada para esta segunda-feira (20), não foi realizada. A EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) confirmou que a circulação dos coletivos das empresas Belém Novo, Trevo e Teresópolis-Cavalhada ocorre normalmente. Todas as linhas da Capital estão circulando.

O protesto, que seguiria os moldes do realizado na sexta-feira, foi cancelado pela nova negociação do dissídio coletivo que ocorrerá nesta segunda. No entanto, se não houver acordo, não estão descartadas outras mobilizações, mesmo que elas ocorram à manhã e à tarde, como as “operações tartaruga” e interrupção de serviços nos próximos dias.

Na sexta-feira, 140 mil passageiros do transporte público foram afetados pela paralisação das empresas Nortran, Sopal, Navegantes (do consórcio Mob) e VAP (do consórcio Via Leste). Motoristas, cobradores, fiscais e outros funcionários bateram o ponto e ficaram em frente aos pátios das empresas da zona Norte.

Promessa de paralisação foi feita na semana passada

Na semana passada, o presidente do sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Adair Silva, já havia alertado sobre manifestações. Em entrevista, afirmou à Rádio Bandeirantes que uma paralisação dos ônibus não podia ser “completamente descartada”. Segundo ele, a população deve ficar preparada para uma greve “a qualquer momento”.

Assim como na sexta-feira, os atos previstos para esta segunda serão uma resposta à falta de acordo sobre o dissídio coletivo dos rodoviários. Os funcionários das empresas de ônibus reclamam da falta de reajuste no Vale Alimentação e do corte do plano de saúde.

O acompanhamento médico foi descontado dos trabalhadores, mas o atendimento foi interrompido até o final das negociações sobre os novos salários. A categoria quer aumento de 8,94% e “VA” de R$ 27. As empresas oferecem apenas 5,4% de reajuste salarial, sem alteração no valor do vale.