Rodoviários da Tinga adiam paralisação mas podem parar a qualquer momento

Funcionários da empresa Restinga Transportes Coletivos, integrante do consórcio STS (Sistema Transportador Sul) e que opera na Zona Sul da Capital, decidiram suspender a paralisação marcada para a manhã de hoje. O ato é um protesto contra cerca de 30 demissões de colegas, após a greve dos rodoviários de Porto Alegre ocorrida em 2014.
Segundo os empregados, houve perseguição da patronal aos apoiadores a greve da categoria, ocorrida entre janeiro e fevereiro do ano passado. Nenhuma outra empresa de ônibus deve ter sua operação prejudicada pela manifestação, caso ela ocorra.
Tentativa de negociação
Os funcionários entraram com pedido no MPT-RS (Ministério Público do Trabalho) para legitimar a paralisação, já que os patrões se recusaram a explicar o motivo das demissões ou readmitir os trabalhadores dispensados. Segundo determinação do órgão trabalhista, a suspensão temporária das atividades pode ocorrer a qualquer momento desde às 11h, mas 30% da frota deve continuar circulando.
No dia 12, os empregados da empresa realizaram um protesto em frente da garagem da Tinga pelo mesmo motivo alegado hoje. A circulação de ônibus, naquele dia ficou suspensa por cerca de 5h e acabou prejudicando milhares de passageiros.
A EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) afirma que não foi informada oficialmente da paralisação, mas monitora o movimento e, se caso os motoristas e cobradores da Tinga pararem, vai permitir que as lotações transportem passageiros de pé e irá colocar ônibus de outras empresas para atender as linhas atendidas pela Tinga.
A Restinga Transportes Coletivos atende, diariamente, cerca de 51 mil usuários, divididos em 30 linhas (alimentadoras, rápidas, convencionais). A frota da empresa é composta por 79 coletivos, segundo informações da EPTC.