Réus do Caso Bernardo são ouvidos pela Justiça

Os quatro réus do Caso Bernardo começam a ser ouvidos a partir de hoje (27). Eles são acusados de envolvimento na morte de Bernardo Boldrini, em Três Passos no ano passado. Os réus são o médico Leandro Boldrini, pai da criança; a madrasta Graciele Ugulini; a amiga dela Edelvânia Wirganovicz; e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia.
O primeiro a ser interrogado foi Leandro, que negou participação no crime e afirmou que a relação entre Bernardo e a madrasta, Graciele, era péssima, que os dois se odiavam e que apenas na cadeia ela assumiu sua participação na morte do menino. Leandro também acusou os outros réus pela morte de Bernardo.
Os advogados de Graciele e Edelvânia chegaram a pedir à Justiça para que as duas não comparecessem à sala de audiências com o argumento de que exerceriam o direito de manter o silêncio. Os pedidos foram negados e as duas se mantiveram caladas durante os depoimentos.
Evandro Wirganovicz, apontado como o responsável por ter feito a cova em que Bernardo foi enterrado,  disse que estava pescando no dia da morte do garoto e que não tinha envolvimento com o crime.

Protestos

Centenas de pessoas acamparam na frente do fórum de Três Passos em protesto contra a morte do menino. Quando os réus chegaram ao local, um caminhão de som reproduziu os gritos de socorro gravados em vídeo por Leandro e Graciele.

O caso

Bernardo desapareceu no dia 4 de abril de 2014, aos 11 anos. Seu corpo só foi encontrado no dia 14. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino morreu em razão de uma superdosagem de um sedativo e foi enterrado pelos criminosos na área rural de Frederico Westphalen. Graciele e Edelvânia teriam dado o remédio que causou a morte do garoto e depois recebido a ajuda de Evandro para enterrar o corpo.