Réus da Operação Leite Compensado vão permanecer presos

Nesta quinta-feira (4), desembargadores do TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) negaram pedido de habeas corpus para quatro réus da Operação Leite Compensado. César Moacir Roesler, Clóvis Moacir Roesler, Anete Maria Roesler e Antônio Germano Royer estão presos preventivamente desde o dia 5 de julho.
Denunciados pelo Ministério Público por envolvimento na adulteração de leite e de produtos lácteos das marcas Campestre e Produtos Roelser, os envolvidos estariam acrescentando água ao leite cru para aumentar o seu volume, substâncias químicas como água oxigenada e ácido sórbico para aumentar a validade dos produtos, bem como amido de milho aos produtos lácteos, de modo a aumentar o volume do produto utilizado, ou seja, menos matéria-prima (leite), aumentando com isso a sua lucratividade.
No pedido de habeas corpus, a defesa alegou a ausência de requisitos que motivem a prisão preventiva. Destacou o histórico empresarial do grupo e a idoneidade da empresa familiar, além das condições pessoais favoráveis de cada um.
Em seu voto, o relator desembargador Aristides Pedroso de Albuquerque Neto, argumentou que o comportamento dos quatro presos revela periculosidade, indicada pelo desprezo e descaso quanto aos efeitos nocivos e deletérios à saúde da população, o que recomenda a custódia cautelar como garantia da ordem pública.
O magistrado ainda relata que esta fraude vem ocorrendo há anos nos estados do Sul do Brasil, existindo organizações criminosas atuando nesta prática, com o objetivo de obter lucro fácil à custa da saúde humana.