Uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira (18) na sede institucional do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, tratou da qualidade do serviço prestado pela empresa CEEE Equatorial.
No encontro, o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, enumerou as reclamações recebidas pela instituição nos últimos dias sobre a qualidade do serviço prestado pela concessionária de energia.
“A partir disso, o MPRS destacou a urgência da empresa em agilizar o reestabelecimento da ligação de energia a todos os consumidores afetados, melhorar a comunicação e o atendimento à população, além de facilitar o acesso ao ressarcimento por eventuais prejuízos provocados pela falta de luz”, afirmou o MPRS.
O presidente da CEEE Equatorial, Riberto José Barbanera, garantiu que vai atender as demandas elencadas pelo MPRS . “Saímos com um plano de trabalho com um retorno efetivo para o nosso cliente”, disse.
Inquérito Civil
De acordo com o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor de Porto Alegre Luciano Brasil, que acompanhou o encontro com a empresa, independentemente desta reunião, prossegue o inquérito civil na Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Porto Alegre.
“O inquérito não trata apenas deste problema e, sim, de outros pretéritos referentes a outras crises climáticas pelas quais Porto Alegre passou”, ressaltou.
Segundo o MPRS, neste inquérito, será buscado não somente a indenização dos danos coletivos, mas, também, a solução definitiva para esses problemas que afligem o fornecimento de energia elétrica.
O promotor de Justiça complementa ainda que a empresa concessionária precisa melhorar a qualidade do serviço à população.
“É preciso melhorar os planos de contingência para que haja um atendimento mais imediato à população e o atendimento efetivo para que as pessoas não fiquem dias sem energia elétrica, com a comida apodrecendo dentro das suas geladeiras. Enfim, tendo todo o tipo de prejuízo, não só pessoas físicas, mas também pessoas jurídicas, os negócios que estão fechados, que estão sendo afetados. Tudo isso deve ser objeto de composição ou inclusive de uma ação civil pública, se necessário”, finalizou Luciano Brasil.