Já passou da hora de o Internacional ganhar um Brasileirão. Lá se vão 35 anos da conquista histórica, o tricampeonato brasileiro invicto. Campeão de tudo mas não consegue conquistar o tetracampeonato nacional. Parece mais difícil do que superar o time dos sonhos o, até então, invencível Barcelona.
Contra o Atlético Paranaense, no Beira Rio, o Internacional saiu atrás no placar. Marcos Guilherme abriu o placar para o rubro negro aos sete minutos do segundo tempo. A festa atleticana não dura muito. Apenas dois minutos após o gol do meia adversário, D’Alessandro empata para o Internacional. Mas o empate não era suficiente, não para quem sonha com o título. Aos 22 da etapa final, Alan Patrick faz o segundo do Inter. Uma bomba certeira no alto do gol coloca o Internacional na liderança do Campeonato.
Os colorados se mantiveram na liderança por mais uma rodada, mas dois empates seguidos fizeram o time despencar para a quinta posição. Além de abandonar a liderança, o clube saía do G4. A campanha irregular deixou o Inter amargando a parada para a Copa do Mundo fora da zona da Libertadores.
O retorno do Brasileirão traz um Inter revigorado, com muito mais gás. O auge é a vice liderança. O momento não poderia ser melhor. O time retornara a zona da classificação. As vitórias importantes pareciam estabilizar a campanha colorada A 14ª rodada guardava um ótimo desfecho. A estreia do multicampeão e ídolo na casamata adversária. Não era qualquer ídolo, era o Felipão assumindo o comando do rival. Ainda dolorido pelo fiasco da seleção na Copa, Felipão amargou também a derrota no clássico gaúcho. Com gols de Aranguiz e Claudio Wink, o Internacional consolidou dois anos de invencibilidade sobre o rival.
O Inter comete tropeços importantes durante o campeonato. Apesar de se manter sempre próximo da classificação para a Libertadores, algumas derrotas pontuais e, dependendo do ponto de vista, imperdoáveis custam ao Inter o sonho do brasileirão. A vaga para a Libertadores veio, mas a taça vai ter que aguardar mais um ano.
Isso marca os jogadores, eles sentem a necessidade de conquistar esse título. O próprio zagueiro Índio comentou, com um sorriso de pesar, que essa foi uma das poucas taças que o craque não ergueu. Índio ainda disse que deixaria a cargo de seu filho, que joga na escolinha colorada, a obrigação da conquista. Todos nós esperamos que a taça não demore tanto para brilhar, junto a tantas outras, na sala de troféus.
* por Ludernir Matos, do Conexão Grenal
Cotidiano