Cotidiano

Retração do Produto Interno Bruto pode chegar a 2,97% este ano

A projeção de instituições financeiras para a retração da economia continua a piorar. A estimativa para a retração do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano, passou de 2,85% para 2,97%, no 13º ajuste seguido. Para o próximo ano, a projeção passou de 1% para 1,20%. Essas projeções fazem parte da pesquisa feita pelo BC (Banco Central), todas as semanas.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter queda de 7%, este ano, contra a estimativa anterior de 6,5%. Para 2016, a projeção de retração passou de 0,29% para 1%.
A projeção para o dólar ao final do ano segue em R$ 4. Para o fim de 2016, a estimativa para a cotação da moeda norte-americana subiu de R$ 4 para R$ 4,15.

Inflação em 9,7%

A estimativa do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu pela quarta vez seguida, ao passar de 9,53% para 9,7%, este ano. Para 2016, no décimo ajuste seguido, a projeção passou de 5,94% para 6,05%.
As projeções para a inflação estão acima do centro da meta (4,5%). E no caso de 2015, a estimativa supera também o teto da meta (6,5%). Para tentar levar a inflação ao centro da meta em 2016, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Na reunião de setembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao manter a Selic, o comitê indica que ajustes anteriores foram suficientes para produzir efeitos na economia.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), que passou de 8,42% para 9,15%, este ano. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), a estimativa subiu de 8,34% para 9,15%, em 2015. A estimativa para o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) passou de 9,66% para 9,86%, este ano.
A projeção para a alta dos preços administrados passou de 15,55% para 16%, este ano, e de 6% para 6,27%, em 2016.