Uma operação federal de fiscalização comandada pela MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) flagrou 263 adolescentes em condições irregulares de trabalho. Foram emitidos 45 autos de infração, englobando 14 unidades da Rede McDonald´s, cujas franquias de fast food (comida rápida), são comandadas pela Arcos Dourados, no Rio Grande do Sul.
Entre os principais pontos analisados, foi constatado a ausência de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) para os trabalhadores. Adolescentes eram submetidos a trabalho em fritadeiras e chapas superaquecidas, ficando expostos a graves riscos de queimaduras.
Em visitas aos restaurantes, a SRTE/RS (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul), encontrou marcas de queimaduras nos jovens, e sem qualquer comunicação, por parte do empregador, de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
Conforme Roberto Padilha, auditor fiscal do trabalho da SRTE/RS, o McDonald´s mantinha adolescentes em desvio de função. Em quatro unidades, jovens aprendizes vinculados ao Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) possuíam funções em desacordo com os cursos de aprendizagem contratados.
Também foram encontrados menores de 16 anos trabalhando, e sem qualquer vínculo com o programa Jovem Aprendiz. Nesses casos, a auditoria determinou que a Arcos Dourados corrigisse as irregularidades, adaptando funções e limitando atividades.
Ao longo deste ano, o Ministério do Trabalho e do Emprego esteve envolvido em uma operação nacional, com o objeto de fiscalizar a entrada de jovens no mercado de trabalho, que ocorre principalmente em operações de fast food.
Cotidiano