Presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte, iniciaram uma rebelião em um dos pavilhões, na tarde deste sábado (14). O Governo do Rio Grande do Norte confirmou dez mortes na chacina. Todos foram decapitados.
De acordo com o comandante do Batalhão de Policiamento da Capital, foram deslocados para Alcaçuz equipes dos batalhões de Operações Especiais da Polícia Militar e de Choque, além de várias viaturas de apoio. A Secretaria de Justiça e Cidadania do RN informou que policiais militares fazem um cordão humano de proteção no entorno do presídio, para evitar fugas. Como o complexo penitenciário está às escuras, nenhum policial irá entrar no local até o amanhecer.
O governo estadual informou, por meio da assessoria de imprensa, que também foi instalado um grupo de monitoramento com as autoridades de segurança pública. Segundo a assessoria, a rebelião começou por volta as 17h (horário local, 18h em Brasília).
A Penitenciária de Alcaçuz é considerada a maior unidade prisional do estado. Ela é formada por cinco pavilhões e tem 5.900 mil metros quadrados de área construída. Presos teriam invadido os pavilhões 1 e 5, sendo que o último faz parte do Complexo de Alcaçuz.
A rebelião no RN foi mais uma disputa entre facções, neste caso, PCC (Primeiro Comando da Capital) e Sindicato do Crime RN. Dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, os pavilhões 1, 2, 3 e 4 são dominados pelo Sindicato do Crime RN e o 5 encontra-se dominado por presos que possuem ligação com o PCC.
Detentos de quatro galerias se juntarão contra os presos ligados ao PCC. Como o presídio está sem controle policial internamente, não há informações precisas sobre o número de mortos e feridos.
Informações publicadas no site da Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania mostram que Alcaçuz tem um total de 620 vagas e abriga atualmente uma população prisional 1.083 presos em regime fechado.