Cotidiano

Quadrilha faz reféns e explode duas agências em São Sepé

A ação dos bandidos iniciou por volta da 1h, quando pessoas - que circulavam a pé ou de carro pelas ruas centrais da cidade - eram feitas reféns.

Uma quadrilha fortemente armada fez reféns e explodiu duas agências bancárias em São Sepé, na região Central do RS, durante a madrugada deste sábado (24). O grupo de criminosos fez cerca de 20 reféns na esquina das ruas Visconde do Rio Branco e Coronel Veríssimo, em frente aos bancos do Brasil e Sicredi.

A ação dos bandidos iniciou por volta da 1h, quando pessoas – que circulavam a pé ou de carro pelas ruas centrais da cidade – foram feitas reféns. Usando fuzis e explosivos, os bandidos, em torno de 12, renderam mais de 20 pessoas e fizeram um cordão humano.

Primeiro, os assaltantes explodiram um caixa eletrônico do Banco do Brasil. Depois, destruíram toda a parte de frente do Sicredi, onde ficam os caixas eletrônicos. Pelo menos quatro explosões foram ouvidas e mais de 100 disparos de armas de fogo.

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Dois policiais, que são irmãos, ficaram feridos, além de dois civis que foram levados para o hospital de São Sepé. Um policial militar foi atingido nas duas pernas. Outros dois civis tiveram ferimentos nos braços e um policial civil e feriu com estilhaços no pé.

Entre os reféns estavam funcionários de uma rádio local e o filho de um ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Eles foram obrigados a deixarem o veículo onde estavam para formarem o cordão humano.

Após o assalto, os bandidos levaram duas jovens como reféns. Elas foram colocadas em um carro junto com cinco homens, porém as vítimas ficaram expostas em pé no carro que tinha teto solar. Na fuga, houve inúmeros disparos, gritaria e pânico. Mais tarde, as jovens foram libertadas em um posto de combustível na BR-290, em Caçapava do Sul.

Refém relata momentos de terror

Um dos reféns contou os momentos de pânico que viveu ao portal O Sepeense. O rapaz, que não terá a identidade divulgada, disse que estava de carro há cerca de uma quadra do local do crime. Ele teria percebido uma movimentação suspeita de um táxi que fazia o retorno em uma das ruas. “Ao me aproximar fui surpreendido por um assaltante já com uma refém nos braços”, contou.

O homem foi retirado do carro e levado junto aos demais. Dali em diante o relato é de uma ação extremamente violenta. “Eles atiravam em todos os carros que se aproximavam, a maior parte dos condutores sem entender o que estava acontecendo. Vários veículos tiveram os pneus furados e a todo momento haviam ameaças”, disse.

Após formar o isolamento, o grupo iniciou as explosões em uma agência do Sicredi. Teriam sido ao menos três. Os assaltantes ainda teriam entrado na agência do Banco do Brasil. A testemunha disse que eles eram orientados a não olhar diretamente os bandidos.

Vídeos da ação criminosa