Protagonismo do cooperativismo feminino é crescente na Expodireto Cotrijal

Mais de 150 mulheres participaram do encontro que discutiu o protagonismo feminino no cooperativismo nesse  8 de março, Dia Internacional da Mulher, no parque de exposições da Expodireto Cotrijal. O evento foi realizado pelo Sistema Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul (Sescoop/RS) e Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque.

Ubiracy Barbosa Ávila, analista técnica do Sescoop/RS, destacou que existe uma grande preocupação por parte dos idealizadores com as mulheres cooperativistas. “Temos aqui mulheres que buscam a inovação, a educação, o ser e o agir, principalmente, dando exemplo às demais mulheres. O cooperativismo é um viés diferenciado. Enquanto o país passa por uma grande crise econômica, social e política, o cooperativismo mostra grandes resultados, a exemplo desta 19ª edição da Expodireto”, enfatizou.

A conselheira Representante dos Líderes de Núcleo pela Região Sede da Cotrijal, Roveni Lúcia Doneda, emocionou as presentes do início ao fim do seu relato, que se sentiram representadas pela mulher forte e batalhadora que além dos desafios pessoais, como um diagnóstico de câncer, também enfrenta os desafios que uma área predominantemente masculina acabam impondo.

“Eu sempre fui produtora rural e no início era muito difícil ser mulher neste meio. Além de não ter espaço, as mulheres tinham medo. Hoje elas têm mais coragem. Agora as mulheres podem estar onde elas quiserem e isso inclui fazer parte da cooperativa. As mulheres têm que fazer parte da cooperativa, ser sócias e ter poder de voto e de decisão”, afirmou a agricultora.

A administradora de empresas com ênfase em Marketing e Gestão de Negócios Michele Daandels conversou sobre marketing pessoal com as presentes. “Hoje estamos aqui junto deste nicho de mulheres, que faz acontecer! Só é possível ser empoderada se juntando às outras mulheres, e não reforçando a competitividade. Temos uma força gigantesca e precisamos entender que o mundo precisa de mais mulheres com essa força”, declarou.

“Eu acho essas atividades muito importantes porque a mulher tem que saber administrar a sua propriedade. Tem que aprender, dar continuidade ao trabalho realizado”, afirmou a produtora Mariane Erig Müller, que faz um pouco de tudo no estabelecimento rural da família.