Cotidiano

Professores gaúchos fazem paralisação no primeiro dia de aula

Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul paralisaram nesta segunda-feira (29) as atividades em várias escolas de Porto Alegre, no dia em que as aulas deveriam começar. No início da tarde, eles fizeram uma caminhada até o Palácio Piratini, onde fizeram críticas à política educacional do governador José Ivo Sartori.
Com a crise financeira, os professores e demais funcionários do Poder Executivo não receberam o 13º salário e um terço do valor relativo às férias. Hoje de manhã, o governo depositou uma parcela do salário relativo a fevereiro e anunciou que o pagamento deverá ser completado no dia 15 de março.

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Na sexta-feira (26), o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, adiantou que vai atrasar R$ 600 milhões em repasses e pagamentos a fornecedores. O pagamento da dívida com a União, que vem sido quitada após a data de vencimento desde abril do ano passado, será feito com atraso mais uma vez.
Na semana passada, o governo ingressou na Justiça para rever os termos da dívida cobrada pela União. Em nota, afirmou que o débito compromete, mensalmente, 13,8% da receita estadual. Os salários dos servidores comprometem 75% do orçamento estadual.
No fim da tarde, o governador autorizou a nomeação de novos professores concursados. “As escolas e coordenadorias de educação devem justificar detalhadamente o pedido. Precisamos agir com muita responsabilidade.”, disse Sartori. A fala foi complementada com “Nossa principal preocupação é preservar o interesse dos alunos, que precisam ter aula. Vamos trabalhar para que não falte professores.”