O procurador da República Pedro Antonio Roso, de 52 anos, foi encontrado morto na carceragem da Polícia Federal, em Porto Alegre. No início da tarde da última terça-feira (1º), policiais encontraram o homem já sem vida. Suspeito de estuprar uma mulher, ele estava preso há cerca de dois meses.
O corpo foi encontrado dentro de uma cela da Superintendência Regional da Polícia Federal, na avenida Ipiranga, no bairro Azenha, em Porto Alegre. O IGP (Instituto-Geral de Perícias) esteve no prédio e removeu o corpo.
O processo que apura a suspeita de estupro corre em segredo de Justiça no TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Roso, que atuava no MPF (Ministério Público Federal) de Canoas, na Região Metropolitana, foi preso no dia 2 de setembro.
Para a Polícia Federal, a principal hipótese é de suicídio, já que não havia outro preso na carceragem. A PF instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Segundo os policiais, o procurador sofria de transtornos e pediria transferência para uma clínica psiquiátrica nos próximos dias.
Em 26 de agosto, a vítima do suposto estupro acionou a Brigada Militar e registrou ocorrência na DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Porto Alegre. O procurador teria estuprado a vítima e tentado sufocá-la durante e após a violência sexual.
Nota da Polícia Federal
“A Polícia Federal comunica o falecimento de Pedro Antônio Roso, ocorrido neste 1º de novembro, na custódia da Superintendência Regional. A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do fato. O corpo foi encontrado no início da tarde, com indicativo de suicídio. Não havia outros presos na carceragem da Polícia Federal. Pedro Antônio Roso estava sob custódia desde o dia 2 de setembro quando foi preso preventivamente por ordem do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.”