Problemas com pagamentos de salários atingem 11 Estados desde 2015

A crise que o Rio Grande do Sul enfrenta não é exclusividade. Com o país em recessão, poder de compra abalado com o avanço da inflação e a crise fiscal, os governos estaduais tem feito de tudo para honrar os compromissos com o funcionalismo público país a fora.
Levantamento realizado pelo Governo do Estado aponta que ao menos 11 unidades da federação tiveram problemas com a folha de pagamento desde o início das gestões, em 2015. Cerca de 1,5 milhão de servidores são afetados pelas crises estaduais e, em breve, mais estados devem entrar na lista.
Os piores exemplos dessa realidade são, em ordem, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Estado tem parcelado salários desde maio de 2015 e não efetuou o pagamento do 13º salário aos servidores. Além disso, teve que escalonar os pagamentos de abril em nove vezes para conseguir contemplar a folha.
No Rio de Janeiro, a crise financeira do governo carioca causou inúmeros problemas, principalmente na área da saúde. Para tentar driblar a crise, o governo do RJ mudou data de pagamento dos salários, assim como outros estados.

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Minas Gerais seguiu o caminho gaúcho. Atrasou o salário em dezembro e parcelou os proventos nos meses seguintes. A justificativa, inclusive, é a mesma daqui: queda na arrecadação no ICMS.
A salvação para a crise é repassá-la à União – que fica com 65% dos impostos arrecadados no Brasil -, através da renegociação da dívida dos Estados, que ainda está longe do fim. O STF (Supremo Tribunal Federal) deu prazo de 60 dias para que os Estados negociem com a União um acordo para a dívida.
Para o governo gaúcho, os R$ 9 bilhões contratados em 1998 já foram pagos. Segundo contas da Secretaria da Fazenda, o RS deve ainda R$ 52 bilhões mesmo tendo pago R$ 25 bilhões em 18 anos.