O Governo do Rio Grande do Sul confirmou, nesta quinta-feira, o primeiro caso autóctone (doença contraída dentro do Estado) dengue em 2019.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVs) disse que o caso foi registrado em Panambi. No Rio Grande do Sul não foi registrado nenhum caso desses durante todo o ano de 2018.
Além desse, outros três casos de dengue também foram confirmados em residentes dos municípios de São Luiz Gonzaga e Sete de Setembro (com dois casos).
Esses se referem a residentes no Estado, mas que contraíram a doença em viagens a outras regiões do País. O verão é a época do ano mais propícia para a circulação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti, em virtude do aumento da temperatura e chuvas.
Para o reforço nas ações de controle ao vetor, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, anunciou nesta semana o repasse de R$ 2,4 milhões para 232 municípios com risco maior de infestação.
Nos quatro casos confirmados (um autóctone e três importados), os municípios já iniciaram ações de bloqueio, que consistem na aplicação de larvicida num raio de 300 metros das residências onde foram registrados os casos, além da busca ativa de focos de larvas do inseto.
A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do CEVs, Tani Ranieri, ressalta que as três cidades fazem parte da Região Noroeste, onde há maior incidência de municípios considerados infestados (que identificaram a presença de focos de larvas do Aedes aegypti nas ações de busca ativa ao menos uma vez nos últimos 12 meses).
“Ao todo, 319 cidades gaúchas atendem a esses critérios para serem classificadas como infestadas pelo mosquito. Isso significa que, caso alguém venha de fora com a doença, nesses municípios pode haver o contágio de mais pessoas, pois temos ali a presença identificada do mosquito transmissor”, destaca Tani.