Cotidiano

Presos suspeitos de chacina com cinco mortes em Porto Alegre

A Polícia Civil deflagrou operação policial na manhã desta quinta-feira (25) para desarticular um grupo criminoso suspeito de realizar uma chacina com cinco mortes em um bar na zona Norte de Porto Alegre, em agosto de 2017. A quadrilha ainda seria responsável por homicídios registrados no bairro Mário Quintana. Seis pessoas foram presas, dentre elas o principal executor da chacina e responsável por organizar e comandar a ação.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo um deles no Litoral Norte, além da execução de sete mandados de prisão preventiva. Quatro dos presos são suspeitos de estarem envolvidos diretamente na chacina, enquanto outras duas pessoas foram presas por tráfico de drogas, ainda integrando o grupo criminoso. Uma mulher de 24 anos foi uma das presas em flagrante por tráfico. Ela não teria envolvimento nos assassinatos.

Entre os presos, em Capão da Canoa foi detido um homem de 26 anos, conhecido como “Jesus”. Em Alvorada, na Região Metropolitana, um jovem de 21 foi preso. Na zona Norte de Porto Alegre, no bairro Mário Quintana, um terceiro suspeito, de1 anos, foi capturado. Ao todo, junto com um jovem de 20 anos já preso, quatro suspeitos de participarem da chacina já foram capturados. A Polícia Civil acredita ter identificado os oito criminosos que participaram do crime. Três suspeitos têm prisão preventiva decretada e estão foragidos.

Segundo a delegada Luciana Smith, as ordens judiciais foram expedidas a partir da investigação sobre a chacina. As vítimas do crime estavam em um bar no bairro Rubem Berta, quando criminosos armados renderam os frequentadores do local e os executaram com diversos disparos de arma de fogo. Cinco pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida. A investigação também apurou que um dos envolvidos na execução em massa, de 18 anos, morreu em um confronto com a Brigada Militar em setembro de 2017.

Uma das vítimas da chacina foi levada amarrada até a frente do bar, onde foi executada. O homem foi um dos que morreram no local do crime. Apenas as mulheres que estavam no estabelecimento foram poupadas. Depois que elas saíram, os bandidos atiraram nos frequentadores. A Polícia Civil ainda apura a motivação do crime.

“O grau de extrema violência da chacina tem como pano de fundo a disputa por grupos criminosos pela hegemonia do tráfico de drogas naquela região, resultando num alto número de vítimas, muitas delas sem um envolvimento direto com o crime organizado”, destacou a delegada. “Esta é a resposta que a Polícia Civil dá para sociedade, uma investigação com os autores identificados e com prisões realizadas”, disse Luciana Smith.

A operação contou com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, Divisão Judiciária de Operações e Delegacia de Polícia de Capão da Canoa. A ação foi comandada pela 5ª DPHPP (Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa), com apoio das outras delegacias da Capital. Os nomes dos presos não foram divulgados.