Cotidiano

Presos mais dois suspeitos de participarem de golpe da casa própria

O grupo é suspeito de utilizar a Construtora Martins para cometer crimes de estelionato e organização criminosa nas cidades de Porto Alegre, Guaíba, Gravataí, Alvorada, Canoas, Osório e Imbé.

Foram presos mais dois integrantes da organização criminosa, sediada em Viamão, responsável pela prática de estelionatos contra vítimas que pretendiam construir casa própria. Outros três integrantes da quadrilha já haviam sido presos na semana passada.

As ações da Decon (Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor), do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), ocorreram nos bairros Jardim Carvalho e Rubem Berta, em Porto Alegre. Conforme a Polícia Civil, os homens, de 41 e de 33 anos, foram presos preventivamente por estelionato e organização criminosa. Eles não tiveram os nomes divulgados.

Segundo o delegado Sander Cajal, o homem, de 41 anos, era vendedor e cooptava as vítimas. Ele também representava a empresa nas audiências. O outro, de 33 anos, era responsável pela sede da construtora no litoral em Nova Tramandaí.

Outros três indivíduos já haviam sido presos pela Polícia Civil, na última sexta-feira (17), em Viamão. Portanto, são cinco presos na investida policial contra os estelionatários. Dessa forma, os presos hoje foram conduzidos à sede da Delegacia Especializada na Defesa do Consumidor, onde prestam depoimento.

Como era o esquema

O grupo é suspeito de utilizar a Construtora Martins para cometer crimes de estelionato e organização criminosa nas cidades de Porto Alegre, Guaíba, Gravataí, Alvorada, Canoas, Osório e Imbé.

A empresa induzia as vítimas em erro, prometendo a construção de casas mais baratas do que os preços de mercado. No entanto, após o recebimento dos valores correspondentes à entrada do contrato, não cumpria a totalidade do acordo.

Conforme o inquérito policial, em alguns casos, apenas os alicerces da residência eram construídos. Em outros sequer essa parte inicial objeto do contrato era executadas.

Porém, afirma a Polícia Civil, o modo de agir era sempre o mesmo. A organização criminosa, dividia as tarefas e ludibriava os clientes. Dessa forma, jamais entregava às vítimas o objeto final celebrado no contrato firmado entre partes, a casa própria.

Na semana passada, Procon também promoveu hoje à suspensão de todas as atividades da empresa investigada.

Ao final do inquérito, os acusados podem ser indiciados pela prática de diversos crimes de estelionato. A pena máxima prevista é de até 5 anos de reclusão. Além disso, podem ser enquadrados por formação de organização criminosa, com pena máxima prevista de até 8 anos de reclusão.