Possibilidade de aprovação de relatório sobre impeachment faz dólar cair a R$ 3,49

Com um olho em Brasília e outro nos negócios, os investidores viram o dólar recuar 3% nesta segunda-feira (11) e fechar no menor patamar dos últimos sete meses. A divisa americana encerrou o dia cotada a R$ 3,49 na venda.
A queda acentuada é um claro reflexo da euforia do mercado com perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Nem mesmo as quatro ações do Banco Central para tentar conter o dólar foram capazes de baixar a moeda americana.

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O patamar de hoje é a menor cotação de fechamento desde 20 de agosto de 2015, quando o dólar fechou a R$ 3,4596. Em apenas duas sessões, a queda acumulada da moeda norte-americana foi de 5,4%.
A moeda abriu em forte queda, mas consolidou-se abaixo de R$ 3,50 na última hora de negociação. A divisa acumula queda de 2,83% apenas em abril e de 11,48% em 2016.
Na Bolsa de Valores, o dia foi de cautela. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, começou a sessão em alta. No fim da manhã, chegou a subir mais de 1%, mas inverteu a tendência durante a tarde. O indicador fechou esta segunda-feira com queda de 0,25%, aos 50.165 pontos.
O próprio governo prevê que será derrotado na votação na comissão do impeachment na Câmara dos Deputados, que ocorrerá nesta noite, e tem concentrado seus esforços em angariar votos no plenário da casa.
Na sessão de hoje, cresceu no mercado a avaliação de que o afastamento da presidente é quase que inevitável. A adesão dos deputados à campanha pelo afastamento de Dilma têm sido bem recebidos no mercado, que entende que a manobra poderia ajudar a trazer de volta a confiança no Brasil.